(Este post é da inteira responsabilidade da minha irmã)
Quando temos uma criança ao pé de nós e faz uma asneira repreendemos ou não?
Explicamos o que fez de errado ou não?
Ou fingimos que o que fez é normal e seguimos em frente?
À uns tempos um amigo contou-me que tem um sobrinho que se estava a portar-se mal e lhe ralhou e então a irmã veio mais tarde tirar satisfações com ele e disse que os tios e padrinhos eram apenas para brincar e mimar, para dar educação eram os pais.
Eu não concordo, se temos confiança com a criança temos pelo menos de repreende-la quando faz alguma asneira, porque se não ela pode pensar que ao pé de nós pode fazer tudo que não vai haver problema. Estabelecer alguns limites.
Por exemplo a minha sobrinha passa muito tempo aqui em casa e por isso apanhamos muitas das birras dela, os gritos, as asneiras e eu ralho-lhe logo, ou falo com ela com calma e quando ela faz coisas mesmo más ou parvas, coisas que aprende na escola, ou que se lembra na altura, dou-lhe uma palmada no rabo ao de leve, mas já dá para passar a mensagem que ela vai logo queixar-se à pessoa mais próxima. Muitas das vezes é a frente dos pais e eles nunca reclamaram comigo, porque concordam comigo.
À algum tempo aconteceu-me uma situação que não me senti muito confortável, mas tinha de o fazer.Tenho uma amiga que tem um filho da idade da minha sobrinha e um dia estava ele e outro menino aos empurrões, chega lá a minha sobrinha e do nada ele dá-lhe um grande estalo. Como tinha confiança com ele fui lá ralhar-lhe e dei-lhe uma palmada na mão, ele claro foi a correr ter com a mãe a contar-lhe e eu fui também atrás justificar-me. Ela não ficou chateada e disse que fiz bem. E ele já tinha o hábito de bater as pessoas sem qualquer motivo e a mãe sempre disse para eu lhe bater se ele me fizesse isso.
Quando me chateio mais com a minha sobrinha e lhe dou uma palmada fico sempre a pensar e fiz bem se não, se a minha irmã ou o meu cunhado vão ficar chateados, se a menina vai ficar sentida comigo. Não é fácil saber o que fazer nestas situações.
Estamos já no final de mais um mês e com o final do mês vem o desafio do blog "a vida não tem que ser perfeita", onde palavra deste mês é SOLIDÃO.
À semelhança da palavra do mês passado, a palavra deste mês também é bastante “pesada”, pois embora conheça muitas pessoas que vivem em solidão por opção, a grande maioria das pessoas que vive em solidão, não foi por opção, foi porque a vida os empurrou para ela.
Podia dar muitos exemplos de solidão, mas o que mais me marca, é as pessoas mais idosas, com filhos, netos, ou mesmo família, mas que vivem em solidão, “esquecidos” à mercê do tempo… Este cenário, sempre mexeu comigo, talvez por adorar os meus avôs/pais e e ter sido criada, com uma ligação forte a eles, ou mesmo por achar desumano, esta indiferença de muitas pessoas a familiares que em tempos lhe foram tão queridos… Este cenário custa-me imenso, quando muitas destas pessoas não querem nada mais do que apenas alguns minutos de companhia e carinho.
A solidão não se sente apenas quando estamos sozinhos, pois podemos estar rodeados por milhares de pessoas e mesmo assim sentirmos-nos solitários, pois ninguém consegue compreender o nosso mundo. Cada tem o seu a maneira de viver a solidão e de a enfrentar e embora de uma maneira muito ligeira eu por vezes gosto de sentir a solidão, ajuda-me a organizar os meu pensamentos, ajudada-me a recuperar a minha paz interior, mas gosto dela em moderação, com conta, peso e medida…
Hoje venho falar daquelas pessoas a quem dizemos bom dia todos sorridentes e eles ou não respondem ou respondem de má cara e só por obrigação.... Senhores e senhoras, o dia pode não vos estar a correr bem, mas as outras pessoas não têm de levar com isso...
Todos nós temos os nossos dias e os nossos problemas, mas um bom dia, não se nega ninguém... E não nos podemos esquecer que um sorriso, gera outro sorriso .
Eu nunca ou melhor raramente me consigo concentrar só numa coisa, tenho sempre muitas coisas na cabeça. Estou a fazer uma coisa qualquer e a pensar no que tem fazer depois, ou mesmo "na morte da bezerra" e isso acontece tanto no trabalho como na minha vida pessoal.
Deve ser por isso que não consigo apreciar uma massagem, pois estou lá e estou a pensar no que tenho para fazer depois, ou nos problemas… Outro exemplo, é em casa à noite quando estou a relaxar no sofá a ver televisão, nunca consigo estar a fazer só isso, ou estou a ver as redes socais ou a responder a e-mails, ou a organizar o dia seguinte, etc.
No trabalho também não me consigo abstrair do mundo à minha volta, estou a fazer o meu trabalho, mas consigo sempre saber o que se passa à minha volta, é caso para se dizer que estou com um “olho no burro e outro no cigano”….
Sei que o mal é meu, pois nunca consigo relaxar, nem apreciar devidamente todos os momentos…. Mas eu juro que já tentei, mas é mais forte que eu…