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Melhor Amiga Procura-se

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O outro lado da fé

Não venho falar de religião, mas acho que cada um tem direito de ter a que quiser, pois somos pessoas livres e todos devemos respeitar as escolhas dos outros.

O que eu venho falar é das peregrinações, neste caso a Fátima. O ponto alto destas peregrinações são os dias próximos do 13 de Maio e do 13 de Outubro. Nestas alturas apanha-se de tudo um pouco, mas muitos grupos de peregrinos fazem-me lembrar um grupo de soldados que vão em marcha para o campo de batalha, ora vejam só:

  • Para eles é como se não existissem passeios, como soldados tem direito em ocupar as vias de circulação destinada aos veículos e os passeios são só para enfeitar;
  • Para eles o significado de fila indiana é 2 pessoas lado a lado, ás vezes até 4, ou mais, pois na linguagem militar fila indiana tem outro significado;
  • Não são eles que tem que respeitar o trânsito, pois não precisam de passadeiras, não respeitam semáforos, etc., o trânsito é que os tem que respeitar a eles, eles estão acima da lei;
  • Por onde eles passam fica um rasto de destruição (desde roubarem, destruírem as flores, etc.) mas eles estão numa batalha, como tal é compreensível, pois vale tudo;
  • Eles conforme vão avançando em direção ao campo de batalha, vão deixando lixo pelo caminho e às vezes é tanto que eu penso que é para deixarem um rasto para os que vêm atrás não se perderem;
  • Como soldados que são tem que ter um megafone, para orientar as tropas, e as tropas seguem à noite pela fresca, onde se esquecem-se que as pessoas civis que vivem nas localidades por onde vão passando, estão dormir (os peregrinos vão a andar e ouvir o terço pela noite dentro, muitas das vezes com os ditos megafones);
  • Uma vez que vão em direção ao campo de batalha precisam de um apoio de retaguarda, esse apoio são os tanques, como tal, andam a uma velocidade de caracol e param em qualquer lado, mas não há problema, pois eles são tanques e não correm risco de provocar acidentes (aqui falo das carrinhas de apoio aos peregrinos);
  • Sendo eles soldados podem usar qualquer linguagem própria ou imprópria, acrescida de palavras apimentadas, pois vão para guerra e não numa peregrinação;
  • Os dias são cansativos pelo que os soldados precisam de pernoitar ou mesmo só descansar, onde muitos aproveitam, os espaços  das casas das pessoas civis (p.e. entradas), muitas vezes sem pedir autorização.
  • Como soldados que são e não sabem o que os espera, então encaramos esta caminhada como uma festa e não como algo sério.

O que falei neste post é uma compilação de várias situações, sendo um retrato exagerado da situação, claro que nem todos os peregrinos são assim, mas para muitos a peregrinação é sinonimo de “coboiada”. Também quero deixar a ressalva, que muitos dos acidentes que acontecem com os peregrinos a culpa não é deles, mas sim de alguns automobilistas.

 

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